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O dia 20 de novembro carrega consigo um peso enorme de tantos anos de luta vividos pelos povos negros no Brasil. A data em que é celebrada o Dia da Consciência Negra marca a morte de Zumbi dos Palmares, um dos principais representantes da resistência negra à escravidão no país.
A data surgiu após iniciativa do Grupo Palmares, fundado em 1971 por universitários negros, em Porto Alegre. Um dos principais objetivos era refletir sobre a situação da população negra no país.
A partir disso, o dia passou a fazer parte do calendário escolar em 2003, ano em que a Lei Federal 10.639 instituiu o ensino de história e cultura afro-brasileira nas escolas. No entanto, foi apenas em 10 de novembro de 2011 que o governo oficializou a data como Dia Nacional de Zumbi e Dia da Consciência Negra pela lei 12.519.
Em seis estados do Brasil, 20 de novembro é feriado: são eles Alagoas, Amazonas, Amapá, Mato Grosso, Rio de Janeiro e São Paulo.
Afinal, quem foi Zumbi dos Palmares?
Zumbi foi a liderança mais emblemática do chamado Quilombo dos Palmares, que ficava lozalizado na Serra da Barriga, no interior de Alagoas, conforme informações do MEC.
A vida deste homem ficou marcada pela luta em prol do povo negro e sua resistência à opressão e à escravidão, que o tornaram um símbolo não só para a população negra, mas também para toda a sociedade brasileira.
Nascido aproximadamente em 1655, foi aprisionado pela expedição de Brás da Rocha Cardoso e entregue aos cuidados do Padre Antônio Melo, em Porto Calvo, quando ainda tinha cerca de seis anos.
Batizado com o nome "Francisco", recebeu educação esmerada e aprendeu português e latim, além do catecismo para ser batizado na fé católica. Aos 15, fugiu e voltou para o Quilombo de Palmares.
Em 1675, Zumbi ganhou destaque ao defender o quilombo do ataque das tropas portuguesas. Aos 25, desafiou o tio e assumiu o lugar de Ganza Zumba como líder dos Palmares. Desde então, assumiu uma postura de enfrentamento contra líderes portugueses.
Sua morte aconteceu no exato dia 20 de novembro de 1695, quando foi delatado por um de seus capitães, Antônio Soares, e morto pelo capitão Furtado de Mendonça. O líder do quilombo tinha 40 anos de idade.
O capitão foi premiado em cinquenta mil réis pelo monarca D. Pedro II de Portugal por matar Zumbi.
A cabeça do líder foi cortada, salgada e levada ao governador Melo de Castro. Posteriormente foi exposta em praça pública.