Imagens de câmeras de segurança da entrada da agência bancária para onde Erika de Souza Vieira Nunes, de 42 anos, levou Paulo Roberto Braga, de 68 anos, para tentar sacar R$ 17 mil mostram o idoso chegando empurrado em uma cadeira de rodas com a cabeça tombada para o lado. A equipe do Samu que atendeu o chamado informou à polícia que acredita que o homem estava morto havia cerca de 2 horas.
Um vídeo filmado por uma funcionária do banco mostra a mulher falando com o morto, pedindo para ele assinar um documento para poder fazer o saque. O caso foi mostrado nesta terça-feira (16) pela TV Globo e o g1 e viralizou (veja acima).
O banco fica em um shopping de Bangu, na Zona Oeste do Rio. Nas imagens divulgadas nesta quarta-feira, Erika chega ao estacionamento do shopping, pega a cadeira de rodas e depois aparece empurrando-a com o idoso sentado. Nos registros, Paulo não aparece fazendo qualquer movimento com o corpo ou com a cabeça.
De acordo com a Polícia Civil, livores cadavéricos encontrados no corpo mostram que Paulo Roberto tinha mancha de sangue na nuca, indicando que o idoso não morreu sentado. Livores são acúmulos de sangue decorrentes da interrupção da circulação que, neste caso, acumularam na nuca. Isso indica que o idoso deve ter morrido deitado.
Erika de Souza Vieira Nunes, de 42 anos, presa em por tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio de cadáver em agência bancária — Foto: Rafael Nascimento / g1
Defesa diz que idoso morreu no banco
A advogada de Erika contesta a versão dada pela polícia sobre o homem já ter chegado morto ao banco e afirma que ele ainda estava vivo no momento da chegada. Erika de Souza Vieira Nunes foi presa em flagrante por tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio de cadáver.
“Os fatos não aconteceram como foram narrados. O senhor Paulo chegou à unidade bancária vivo. Existem testemunhas que, no momento oportuno, também serão ouvidas. Ele começou a passar mal, e depois teve todos esses trâmites. Tudo isso vai ser esclarecido e acreditamos na inocência da senhora Erika”, declarou a advogada Ana Carla de Souza Correa.