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Pelo menos 40 trabalhadores passaram mal devido a um forte cheiro dissipado no interior de uma empresa de telemarketing no bairro de Nazaré, em Salvador, nesta quinta-feira (9). De acordo com a polícia, foi registrado que o cheiro seria de querosene, mas a substância ainda não foi confirmada.
De acordo com o comandante do Corpo de Bombeiros, Júlio Nascimento, as vítimas foram atendidas encaminhadas para hospitais e postos de saúde da região após serem atendidas pelo Samu e Salvar.
"Essas pessoas foram levadas por intoxicação, problemas respiratórios. É preciso verificar a causa do vazamentro, a causa do produto. Nada se pode afirmar ainda sobre isso", relatou o comandante.
Segundo ele, o vazamento já foi contido. "O que se pode afirmar é que não há mais vazamento nesse local. É um produto que suspeita-se ter saído da região inferior desse prédio, na parte de baixo. A gente não pode afirmar ainda a sua origem. É preciso fazer perícia. A gente está avaliando para dizer se há possibilidade de funcionamento da edificação ou se haverá interdição", detalhou.
O funcionário da empresa Matheus Calmon, que conseguiu deixar o prédio, comentou que o mesmo cheiro foi sentido na quarta-feira (8). "O que aconteceu ontem se repetiu hoje. Ontem, 30 pessoas passaram mal. Hoje, começou por volta das 17h. Foi muita gente passando mal. No estacionamento, tinham filas de pessoas passando mal. Foi um cheiro forte que a gente sentiu. Não sabemos dizer a origem. Sabemos dizer que tomou conta de toda empresa", relatou o agente de marketing.
O trabalhador diz que eles foram orientados a permanecer no local de trabalho, mesmo com a queixa generalizada em relação ao odor. "A empresa não permite que a pessoa saia nem para respirar. Você está lá dentro passando mal e lá dentro você vai ficar. Ontem, muita gente assinou termo de responsabildiade pela própria saída, porque a empresa disse que, saindo, não vai se responsabilizar. Quer dizer, a empresa pode te dar uma suspensão de um dia ou três dias. Com essa suspensão, ela vai acabar fazendo redução de salário. Meu horário é até 21h20 e ficamos até 21h20 nessa situação. Hoje, eu não quis passar pela mesma situação e saí depois do lanche", desabafa.
O estudante de engenharia Thiago Barbosa mora em um edifício ao lado da empresa e diz que o odor tem incomodado os moradores desde quarta-feira.