Um time sem técnico, gestor de futebol e, ao menos presencialmente, sem presidente. Esse será o Bahia para o jogo de hoje, às 22h, contra o Luverdense, na Arena Fonte Nova, pela Copa do Brasil. Vale vaga na terceira fase.
Para seguir adiante, o time precisa de uma vitória por três gols de diferença. Caso vença por 2x0, o duelo será decidido nos pênaltis. Parada dura para uma equipe que, em 2013, só fez três gols em duas oportunidades: 3x2 no Itabaiana, pela Copa do Nordeste, e 7x3 na derrota para o Vitória, domingo passado. Complicado.
O auxiliar Eduardo Barroca, mesmo com o futuro indefinido, comanda o Esquadrão na partida de hoje. Questionado sobre sua permanência após o jogo, o treinador resumiu. "Vou falar sobre o jogo". Para bom entendedor...
O último treino antes do jogo refletiu bem o sentimento de abandono do clube. Grande parte dos 14 jogadores liberados treinou no Fazendão. O meia Rosales, o atacante Ryder e o lateral Pablo, por exemplo, participaram das atividades.
Sem a presença de Marcelo Guimarães Filho e a figura do gestor de futebol, sobrou para Eduardo Barroca resolver os problemas do clube. "As coisas ainda estão muito recentes e não foram estruturadas como deveriam. Na verdade, estou assumindo um pouco dessa responsabilidade de organizar internamente", disse.
Sem se pronunciar desde o massacre do Ba-Vi no último final de semana, o presidente Marcelo Filho, segundo a versão do clube, estaria concentrado nas negociações com os substitutos de Paulo Angioni e Joel Santana. O dirigente sequer conversou com Barroca.
"Não tive oportunidade de conversar nada com o presidente. Fui comunicado que vou dirigir esse jogo. Não sei se vamos conversar até a hora do jogo", disse o interino, que garante estar focado na classificação. "O momento atual nos entristece, mas temos condições de reverter isso", avisa.
O interino promoveu cinco mudanças em relação ao clássico. Marcelo Lomba, Demerson, Pablo, Magal e Diones ficam de fora. Serão substituídos por Omar, Rafael Donato, Madson, Jussandro e Adriano, respectivamente. "Temos que agredir, ir pra cima. Teremos três atacantes", explica.
Público zero
Não bastasse a crise, é possível que o Bahia encare o Luverdense sem o apoio de boa parte da torcida. Nas redes sociais, os tricolores organizaram uma campanha de público zero. A Bamor aderiu e promete não ir hoje.