A conquista da Copa das Confederações mudou o status da seleção brasileira. Na teoria e na prática. O tetra da competição fez o Brasil recuperar o prestígio perdido após um longo período de altos e baixos e, oficialmente, possibilitou ao país um salto no ranking da Fifa, de 22º para nono. A prova da ascensão é o clima para o amistoso desta quarta-feira, às 15h45m (de Brasília), contra a Suíça, na Basileia, a 301 dias da Copa.
Logo no primeiro desafio depois do título das Confederações, jogadores e comissão técnica encontraram um ambiente de confiança, externa e interna, que havia tempos não ocorria com a seleção brasileira. Os próprios campeões comentaram a respeito na chegada à Basileia.
- Nós ganhamos e ficamos mais visados. Buscamos tanto esse respeito e agora vamos ver os adversários com mais vontade de ganhar do Brasil. Mas também vamos estar mais motivados - comentou o atacante Fred, artilheiro da nova era Felipão, com nove gols marcados.
Muita coisa mudou desde a reunião do grupo para a Copa das Confederações. Felipão definiu um time base, a Seleção voltou a vencer um campeão do mundo (no caso, a França) depois de quatro anos, Neymar desencantou e vitórias importantes, contra rivais de peso, foram conquistadas ao longo do torneio.
- Estamos bem melhor. Há um pouco mais de confiança na Seleção. Mas vamos ter de nos desenvolver mais durante os noves meses que faltam para nos reunirmos para a Copa do Mundo. Só assim vamos ter condições de enfrentar outras grandes seleções no Mundial - declarou o técnico pentacampeão do mundo.
As vitórias sobre Japão, México, Itália, Uruguai e Espanha, na excelente campanha de campeão, elevaram a seleção brasileira ao nono lugar no ranking da Fifa. Antes, o Brasil tinha alcançado seu pior posicionamento na história: a 22ª colocação. Era algo que incomodava - e muito - os jogadores.
A retomada do respeito no cenário mundial tem sido combustível motivador para muitos no atual elenco de Luiz Felipe Scolari. Como Thiago Silva, por exemplo.
- Nossa confiança aumentou com a conquista, mas temos de saber também que agora nossa responsabilidade é maior para os próximos jogos. Não podemos perder o foco para a Copa do Mundo, que é nosso maior objetivo - completou o zagueiro do Paris Saint-Germain, titular para o amistoso diante da Suíça.