Depois de ter sido alvo de racismo no ano passado, a cantora Ludmilla começou 2017 sendo vítima de preconceito novamente. Desta vez, os comentários racistas vieram do apresentador do Balanço Geral Distrito Federal, da TV Record, conhecido como Marcão Chumbo Grosso. O incidente aconteceu no último dia 9, mas só teve repercussão nas redes sociais nesta terça-feira (18). Na noite desta terça (17), a carioca usou seu Instagram para falar sobre o assunto e republicou o vídeo no qual Marcão comenta: "Era pobre, macaca, pobre, mas pobre mesmo".
"Como já foi dito por Paulo Autran, 'todo preconceito é feito da ignorância', visto que os racistas não possuem um conhecimento de moralidade, tratando sua própria cor de pele como superior e única. Isso tem que ser combatido e farei a minha parte, quantas vezes for necessário", escreveu a funkeira.
Segundo o empresário da artista, Alexandre Baptistini, ela prestará queixa-crime contra o apresentador e a emissora. "A mãe dela me ligou desesperada, chorando, falando que não aguenta mais a maldade das pessoas", disse o empresário. "A Ludmilla também chorou muito, disse que não aguenta mais isso."
"A mãe dela me ligou chorando, triste pra caramba. Ludmilla está muito chateada", contou o empresário da artista, Alexandre Baptistini, ao Viver. A queixa-crime será contra Marcão e a Record, segundo ele. "Quantas vezes precisar, ela vai processar sim. E ainda foi em uma televisão de pastor", assegurou.
Ex-deputado estadual do Tocantins, Marcão tentou se justificar em nota. "O termo 'macaco' é utilizado no Centro-Oeste sem teor pejorativo. Por exemplo: é bastante comum ver pessoas dizendo que 'fulano é macaco velho', pois já tem certa vivência em determinada coisa. É a mesma situação presente no vídeo, com a simples mudança do adjetivo que acompanha o termo. A acusação de racismo não procede", disse ele.