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Dentre as irregularidades investigadas pela Operação Carne Fraca, da Polícia Federal (PF), está a liberação de lotes de carne estragadas, contaminadas com bactérias e com utilização de produtos cancerígenos. A operação é a maior da história da PF e foi deflagrada na manhã desta sexta-feira, apurando irregularidades na fiscalização de frigoríficos.
Segundo a PF, cerca de 1.100 policiais federais estão cumprindo 309 mandados judiciais, sendo 27 de prisão preventiva, 11 de prisão temporária, 77 de condução coercitiva e 194 de busca e apreensão em residências e locais de trabalho dos investigados e em empresas supostamente ligadas ao esquema. Essa é a maior operação policial da história da PF.
No processo judicial, uma veterinária da Peccin Industrial Ltda - empresa envolvida nos casos investigados - relata a "utilização de carnes estragadas na composição de salsichas e linguiças, a 'maquiagem' de carnes estragadas com a substância cancerígena ácido ascórbico, carnes sem rotulagem e sem refrigeração".
A Polícia Federal também interceptou conversa entre dois integrantes do Ministério da Agricultura falando sobre a transferência de uma fiscal que teria encontrado problemas de infecção com a bactéria salmonella em lote da empresa Rio Verde e tomava medidas para fechar essa unidade de produção.
Procurada por VEJA, a Peccin disse que não havia ninguém disponível para falar sobre o caso.