O corpo do menino Davi de Santana da Silva, 4 anos, que estava desaparecido desde a última terça-feira (30), foi encontrado na manhã deste domingo (4) em um matagal às margens do Rio Capivara, próximo à Aldeia Hippie de Arembepe, município de Camaçari.
O resgate foi feito por equipes da Defesa Civil de Camaçari, que encontraram o corpo depois de vários dias de busca. Segundo o coordenador do órgão, Ivanaldo Soares, o cadáver estava em avançado estado de decomposição e peritos haveriam informado que acreditavam que o menino foi morto na última terça ou quarta-feira (31).
Ele havia sido levado pela mãe, Grazielle de Santana da Silva, 28, que confessou a uma vizinha ter assassinado a criança. A mulher sofria de esquizofrenia e morreu após se jogar na frente de um carro na BA-099, Estrada do Coco. O motorista fugiu sem prestar socorro.
Segundo a delegada Maria Danielle Monteiro, titular da 26ª Delegacia (Abrantes), a mãe de Davi saiu de casa com o filho na noite de terça (30) e dormiu com ele ao relento. Como a família não conseguiu localizar os dois, registrou queixa na unidade policial no dia seguinte ao sumiço.
Na quinta (1º), Grazielle apareceu na casa de uma vizinha com as roupas sujas e rasgadas. A mulher perguntou pela criança e ela confessou que tinha matado Davi.
No mesmo dia, Grazielle se jogou na frente de um carro e morreu atropelada próximo à localidade do Sangradouro, onde morava. Segundo a família relatou à delegada, a mulher se recusava a continuar o tratamento contra a esquizofrenia.
Não foi a primeira vez que Grazielle sumiu com a criança. Familiares informaram que durante o período pós-parto, ela fugiu de casa com Davi nos braços, mas foi localizada pela família. Segundo o coordenador da Defesa Civil de Camaçari, Ivanaldo Soares, quando o bebê tinha cinco dias de nascido ela fugiu para o mesmo local onde o corpo do filho foi encontrado.
Grazielle já teria tido três ou quatro surtos psiquiátricos na vida, mas familiares relataram que ela era amorosa e cuidadosa com o filho.
Motivação
Ainda não se sabe como a criança foi assassinada. Somente o laudo pericial poderá determinar qual a causa da morte. A polícia instaurou um inquérito para investigar o caso, mas trabalha com a hipótese de que realmente a mãe tenha cometido o infanticídio.
Apesar de Grazielle ter se jogado na frente do carro, conforme testemunhas, policiais tentam identificar o condutor do veículo, já que ele deixou o local do atropelamento sem prestar socorro à vítima.