O preço médio da gasolina praticado pela Petrobras nas refinarias foi elevado em 0,8% nesta quinta-feira, atingindo o maior nível da nova era de reajustes diários, enquanto a cotação do diesel renovou sua máxima, refletindo a escalada do petróleo no mercado internacional.
A partir desta quinta-feira, a gasolina nas refinarias custa 1,6968 real por litro, superando a máxima anterior, de 1,6917 real observada no início de janeiro.
Já o diesel, que subiu 2%, está agora em 1,9549 real por litro, acima do 1,9169 real de quarta-feira, quando já havia registrado o maior patamar desde o início da nova sistemática de formação de preços pela petroleira estatal, em julho.
Com essa política, que visa seguir as oscilações do mercado internacional, entre outros fatores, a Petrobras busca manter sua competitividade e uma melhor posição no mercado de combustíveis, evitando que as suas cotações fiquem abaixo da paridade externa.
O repasse dos reajustes aos consumidores finais depende da estratégia das distribuidoras e revendedores.
O petróleo vem avançando em meio a uma demanda fortalecida, a um acordo de corte de oferta liderado pelo cartel de produtores da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e pela Rússia e, mais recente, pelas tensões geopolíticas no Oriente Médio.
Como resultado, a referência internacional da gasolina também vem subindo, com alta acumulada de cerca de 22% desde uma mínima do ano, registrada em meados de fevereiro.
No Brasil, desde julho do ano passado, quando os reajustes passaram a ser praticamente diários, a alta acumulada para o diesel e da gasolina nas refinarias da Petrobras é de 24,07% e 22,61%, respectivamente.
Procurada, a Petrobras não comentou o assunto imediatamente. Sobre o preço na bomba, a estatal tem destacado, inclusive em campanhas publicitárias, que responde por apenas cerca de um terço do preço da gasolina, por exemplo. O restante do valor estabelecido nos postos inclui tributos e margens de distribuidores e revendedores.