O Ministério da Educação (MEC) formalizou nesta quinta-feira o pedido para adiamento do início do horário de verão neste ano por causa do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O pedido já havia sido feito, em caráter informal, ao presidente Michel Temer e aos auxiliares mais próximos do mandatário. O ofício já está na Casa Civil.
Mesmo com a existência de um decreto de dezembro de 2017 estabelecendo que o horário de verão em parte do território brasileiro, onde os relógios devem ser adiantados em uma hora, comece no primeiro domingo de novembro, técnicos do Ministério da Educação (MEC) e do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) escolheram o mesmo dia para a primeira prova do Enem. O exame é aplicado em dois domingos consecutivos. Neste ano, está marcado para 4 e 11 de novembro.
A confusão que a mudança nos relógios pode gerar entre os candidatos e as dificuldades de logística na região Norte, onde determinados municípios chegam a ter três horas de diferença em relação ao horário de Brasília durante o horário especial, motivaram o pedido do MEC. Só recentemente os técnicos do governo perceberam a coincidência entre as datas.
Todos os participantes têm de começar a fazer o Enem no mesmo horário por questões de segurança. A referência é o horário de Brasília. O exame é porta de entrada para o ensino superior público federal e outras instituições, para acessar o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e para obter bolsas por meio do Programa Universidade para Todos (ProUni).
As equipes que elaboraram o edital do Enem 2018, publicado em março, ignoraram o decreto de Temer que definia o primeiro domingo de novembro como o início do horário de verão. É a primeira vez que a nova regra será aplicada. Antes, o horário especial costumava começar ainda em outubro.