Três vacinas tiveram resultados promissores anunciados nesta segunda-feira (20), quase oito meses depois de a humanidade conhecer o novo coronavírus. Os projetos se mostraram seguros e também geraram resposta imunológica contra o vírus causador da covid-19. O feito foi atingido pela Universidade de Oxford, em parceria com a farmacêutica AstraZeneca, pelo Instituto de Biotecnologia de Pequim e pela farmacêutica Pfizer em parceria com a empresa alemã de biotecnologia BioNTech.
Com isso, estamos livres da ameaça de saúde pública que assola o mundo em 2020 e já causou cerca de 80 mil mortes no Brasil? Por ora, a resposta ainda é a mesma de sempre: não.
Apesar do avanço significativo e promissor das três vacinas, ainda resta uma etapa importante e crucial para que seja declarado o fim da pandemia. Além do problema da produção e da distribuição de tais vacinas, elas ainda precisam se mostrar eficazes para gerar uma resposta imunológica protetora contra a infecção do novo coronavírus no corpo humano.
Atila Iamarino, doutor em microbiologia e divulgador científico, afirmou que as novidades anunciadas hoje já eram conhecidas.
?Estou ciente da publicação da vacina da vacina de Oxford. Mas é a confirmação do que já foi noticiado, que é segura e desperta resposta imune. Tanto já era sabido que por isso puderam vir pro Brasil. O passo importante é o próximo: se a imunidade é protetora?, escreveu Iamarino em seu perfil no Twitter.
Com isso, as medidas de proteção, como o uso de máscaras, e o distanciamento social ainda precisam ser mantidos. A verdadeira comemoração sobre a criação de uma vacina deve ficar para o futuro, quando soubermos que a imunidade protetora realmente é desenvolvida após a aplicação de uma vacina contra o novo coronavírus.