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Em 2020, a Terra bateu um recorde: fez sua rotação mais rápida desde 1960, quando relógios atômicos precisos foram lançados, em 28 dias diferentes.
Nosso planeta faz sua rotação a cada 86.400 segundos (24 horas). Existem dias, porém, que pode existir uma variação em milissegundos — motivo por trás do fenômeno do “dia mais curto” — devido a fatores como a pressão atmosférica, ventos e correntes ocêanicas.
De acordo com o site Time and Date, a Terra registrou esse fenômeno 28 vezes em 2020. Em 19 de julho de 2020, aconteceu o dia mais curto de todos, com a Terra completando sua rotação 1,4602 milissegundos mais cedo do que o normal.
Antes disso, o dia mais curto registrado foi por volta de 15 anos atrás, em 5 de julho de 2005.
O Tempo Universal Coordenado (UTC), fuso horário de referência para todas as zonas horárias do mundo, é ajustado por cronometristas internacionais quando o tempo de rotação da Terra se diferencia em 0,4 segundos do UTC.
Para fazer a regularização, eles adicionam um segundo bissexto ao final dos meses de junho ou dezembro. Na véspera de 2017, por exemplo, tivemos um segundo a mais antes de dizer adeus ao ano de 2016.
Cientistas acreditam que 2021 será ainda mais curto, tão curto que é possível que um segundo seja retirado ao invés de adicionado.
A expectativa é que os dias astronômicos deste ano tenham, em média, 0,5 milissegundos a menos. Isso significa que, ao longo do ano, teríamos por volta de 19 milissegundos a menos no tempo astronômico.
“É bem possível que um salto negativo seja necessário se a taxa de rotação da Terra aumentar ainda mais, mas é muito cedo para dizer se isso é provável que aconteça”, disse o físico Peter Whibberley, do Laboratório Nacional de Física do Reino Unido, ao The Telegraph.
Whibberley também disse ao Telegraph que a discussão do segundo bissexto negativo pode levar a extinção da técnica de adicionar segundos bissextos.