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O presidente Jair Bolsonaro sinalizou, novamente, o retorno do auxílio emergencial. Durante reunião com prefeitos no auditório do MEC (Ministério da Educação), o chefe do Executivo reafirmou que foi "deixado de lado em grande parte de suas atribuições" no combate à pandemia, a não ser em "mandar recursos e meios".
O encontro ocorreu nesta quarta-feira (10), quando também foi revelado pelo presidente que a Petrobras fará um novo reajuste nos combustíveis nas refinarias."Se for preciso, nesse ano, a gente vai continuar com esse atendimento a vocês", disse.
Segundo Bolsonaro, a arrecadação dos municípios quase não sofreu alterações em função do benefício. "Eu sempre disse que tínhamos dois problemas: o vírus e o desemprego. A arrecadação esteve praticamente equivalente do município tendo em vista o auxílio emergencial. Que volta a ser rediscutido", afirmou.
Na sequência, o presidente voltou a reclamar das medidas de restrição ao comércio para frear a disseminação do novo coronavírus, que tem impactado nos cofres federais. "Não é dinheiro que eu estou tirando do cofre, é endividamento. Isso é terrível também. A economia tem que pegar. Temos que voltar a trabalhar. Nos preocupar com os mais idosos, com comorbidade, mas a roda da vida tem que continuar", disse.
"Sou muito criticado por isso. Me chamam de tudo. E, pelo que eu entendi, na ponta da linha tem a questão política do tratamento dessa questão. Vamos ter que conviver com esse vírus, não adianta falar que passando o tempo vai resolver. Estão vendo que não vai. Novas cepas estão aparecendo. Agora, o efeito colateral do tratamento inadequado mata mais gente do que o vírus em si."
Bolsonaro também comentou sobre o aumento dos combustíveis nas refinarias, revelando que a Petrobras fará mais um reajuste, ainda fevereiro.
"A gente não interfere, mas tem responsabilidade. Subiu aos poucos, no final de janeiro teve uma alta, tivemos uma outra (alta) anteontem e está prevista outra para esse mês. Agora as consequências vem. Temos que buscar a solução. E cada, não sei se sabem disso, cada 1 centavo que porventura reduza no PIS-Cofins, tem que arrumar R$ 700 milhões de outro lugar", explicou.
O presidente pediu aos prefeitos que recuem das medidas de restrição e reabram as atividades comerciais e de serviços. "Quem puder abrir, abra o comércio. Vejo alguns municípios, até, protestando contra o respectivo governador", em uma referência a João Doria (PSDB), de São Paulo, seu provável adversário político à reeleição presidencial em 2022.