Um dos principais produtos da Italian Cricket Farm é a farinha feita de grilos 100% secos e moídos em pó.

Segundo a empresa, o inseto tem um valor proteico de 69%, é uma rica fonte de fibras e minerais, como cálcio e ferro (mais do que o dobro de ferro que o espinafre), vitamina B12, ácidos graxos e ômega 3.

Na hora de ir para o fogão, a dica da empresa é misturar a farinha tradicional com 10% da de grilo.

Apesar da farinha de grilo ser feita na Itália, o país não permite ainda a venda de insetos para o consumo humano no território, mas a Italian Cricket Farm solicitou a liberação para a União Europeia (UE) e aguarda um parecer, informa o site.

Uma das empresas que transformam a farinha em alimentos é a também italiana Fucibo. Ela vende biscoitos e salgadinhos.

A Fucibo defende que o salgadinho, por exemplo, tem 50% menos gorduras e 50% mais proteínas do que o aperitivo tradicional.

O valor de um pacote no site oficial custava € 2,50 na terça-feira (31), o equivalente a R$ 13,89. Já um pacote de biscoitos pode ser comprado por € 3,99 ou R$ 22,16.

Os insetos da Italian Cricket Farm são criados em 3000 m². Para a empresa, criar grilos vale mais apena do que gado.

No caso dos grilos, eles precisam de 0,05% de água em comparação com os bois, para produzir a mesma quantidade de proteína.

De acordo com a fabricante, a farinha de grilo é sustentável: "Basta pensar que são necessários 1,7 kg de ração para produzir 1 kg de grilo, enquanto são necessários 10 kg para obter 1 kg de carne", diz.

Além disso, a empresa afirma que a produção de grilos gera 10 vezes menos metano do que a pecuária e 300 vezes menos óxido nitroso.

Existem 3 bilhões de comedores de insetos no mundo, aponta a fabricante. Em paralelo, existem 2 mil espécies que podem ser consumidas por seres humanos.

Ainda assim, nem todas as 2 mil estão no mercado, a empresa explica que apenas aquelas que são mais atraentes são vendidas e, principalmente, em forma de farinhas ou misturadas em biscoitos.