Prédio da Anvisa em Brasília — Foto: Adriano Machado/Reuters
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou o recolhimento de diversas pomadas modeladoras por causa da presença de uma "substância conservante não permitida" nos lotes desses produtos.
Antes de suspender a venda de todas as marcas, a Anvisa já vinha recolhendo lotes de algumas empresas. Como mostrou o Bem Estar, mais de 20 fabricantes tinham sido afetados até a metade de janeiro.
No entanto, com o aumento dos casos de intoxicação, na última sexta-feira (10), a agência resolveu, por precaução, estender a medida a todos os lotes de pomadas para trançar, modelar ou fixar cabelos. Isso representa um total de 3.154 marcas segundo lista de produtos da Anvisa.
Tanto a Anvisa como os órgãos de vigilância sanitária estaduais e municipais agora investigam as causas da correlação desses produtos com os casos de intoxicação ocular.
Agora, novas ações de recolhimento foram determinadas (veja quais marcas abaixo).
Em nota enviada ao g1 a Anvisa informou que a origem do problema ainda está em investigação.
Por isso, até o momento, a agência NÃO divulgou, por exemplo, o nome de uma substância em específico que esteja causando as queimaduras oculares e até cegueira temporária.
Veja as novas marcas recolhidas:
1. Empresa: VIVER INDUSTRIA E COMERCIO DE COSMETICOS LTDA - ME - CNPJ: 32491629000178
Motivo: notificação indevida de produtos cosméticos com substância conservante não permitida para produtos que não se enxáguam.
2. Empresa: BINNO - INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA - ME - CNPJ: 53854550000134
Motivo: notificação indevida de produtos cosméticos com substância conservante não permitida para produtos que não se enxáguam.
3. Empresa: ALMEIDA INDUSTRIA E COMERCIO DE COSMETICOS LTDA - CNPJ: 12075402000134
Motivo: notificação indevida de produtos cosméticos com substância conservante não permitida para produtos que não se enxáguam.
4. Empresa: SL INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA - CNPJ: 05.025.204/0001-09
Motivo: relatos de eventos adversos graves relacionados a intoxicação ocular, liberação de lotes sem os estudos microbiológicos, não apresentação de estudos de estabilidade e ausência de informações sobre a concentração segura de ingrediente da formulação.