A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) prenderam nesta segunda-feira (24) o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, na Operação Élpis, primeira fase da investigação que apura os homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, além da tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves.
Suel foi condenado em 2021 a quatro anos de prisão por atrapalhar as investigações, mas cumpria a pena em regime aberto. O ex-bombeiro tinha sido preso em junho de 2020 durante a Operação Submersos II.
De acordo com o MPRJ, Maxwell era o dono do carro usado para esconder as armas que estavam em um apartamento de Ronnie Lessa, acusado de ser um dos autores do assassinato. Suel também teria ajudado a jogar o armamento no mar.
Suel foi preso em casa, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste, e seria levado para a sede da PF, na Zona Portuária. Ele foi preso na mesma casa onde foi detido anteriormente. Um carro do ex-bombeiro foi apreendio.
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Maxwell Simões Corrêa, o Suel, preso em casa — Foto: Reprodução/TV Globo
Maxwell Simões Corrêa, o Suel, preso em casa — Foto: Reprodução/TV Globo
O ex-bombeiro acompanhou a revista no imóvel feita por equipes do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MPRJ. O coordenador do grupo especializado, Fábio Corrêa, acompanhou a ação.
Foram cumpridos ainda sete mandados de busca e apreensão no Grande Rio. O g1 e a TV Globo apuraram que um dos alvos é Denis Lessa, irmão de Ronnie Lessa, que será ouvido na sede da PF. Um outro homem foi conduzido ao local.
Élpis é a deusa grega da esperança.
Os alvos da operação:
- Maxwell Simões Côrrea, conhecido como Suel ou Swel;
- Denis Lessa, irmão de Ronnie Lessa;
- Edilson Barbosa dos santos, conhecido como Orelha;
- João Paulo Vianna dos Santos Soares, conhecido como Gato do Mato;
- Alessandra da Silva Farizote;
- Maurício da Conceição dos Santos Júnior, o Mauricinho;
- Jomar Duarte Bittencourt Junior, o Jomarzinho.
Denis Lessa, irmão de Ronnie Lessa, é alvo de busca e apreensão — Foto: Reprodução/TV Globo
Imagem aérea mostra carro da Polícia Federal na casa do ex-bombeiro Suel, na manhã desta segunda-feira (24) — Foto: Reprodução/ TV Globo
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5 anos sem respostas
Em 2023, o atentado completou 5 anos. Desde fevereiro, o caso é investigado pela PF. Até hoje, ninguém tinha esclarecido quem mandou matar Marielle e qual a motivação da execução.
Apenas a primeira fase do inquérito foi concluída pela Polícia Civil e o MP: a que prendeu e levou ao banco de réus o policial militar reformado Ronnie Lessa — acusado de ter feito os disparos — e o ex-PM Élcio de Queiroz — que estaria dirigindo o Cobalt prata que perseguiu as vítimas. Ambos negam participação no crime.
Ronnie e Elcio são amigos.
Os dois estão presos em penitenciárias federais de segurança máxima e serão julgados pelo Tribunal do Júri. O julgamento ainda não tem data marcada.
Lessa já foi condenado por outros crimes: comércio e tráfico internacional de armas, obstrução das investigações e destruição de provas.
Marielle Franco e Anderson Gomes foram mortos no dia 14 de março, no Rio de Janeiro — Foto: Reprodução/ TV Globo